quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A "hera" das redes sociais...

Acho que tenho um hábito, ou talvez um vício de que não me consigo libertar e que alimento com frequência, pois confesso que me dá algum gozo e, sobretudo, porque me vai permitindo pôr o dedo em certas feridas abertas ( ou melhor, " escancaradas") da sociedade actual, em certos males de que esta padece, muitas vezes sem o saber ou sem o querer admitir...
E de que hábito/ vício se trata?
Todos conhecem o provérbio ou ditado popular que diz algo assim como:" A brincar, a brincar, se vão dizendo as verdades". Pois, sim: é mesmo disto que se trata. É este o meu vício!
Muitos são aqueles que usam o seu sentido de humor ou apenas um tom de brincadeira para veicular ideias importantes e sérias. Eu naõ tenho grande sentido de humor, mas gosto de brincar com as palavras de forma séria. Não se trata de rir da desgraça (nossa ou alheia), nem de ridicularizar ou minimizar questões sociais importantes. Apenas pretendo com isso levar as pessoas a reflectir sobre alguns aspectos do mundo actual em (des)construção!
Repararam bem no título desta mensagem?...
Não tinham lido bem?
Ter-me-hei enganado e, em vez de escrever "era", escrevi " hera"?
Não, de todo... Não me quis referir à Hera, rainha dos deuses olímpicos mulher e irmã de Zeus e deusa do casamento, mas sim à planta trepadeira. Há vários tipos de hera: decorativas e venenosas. Mas quer umas, quer outras têm uma particularidade: as suas raízes ( grampiformes)agarram-se de tal maneira que é extremanmente difícil removê-las...
E aqui reside o motivo destas minhas considerações àcerca das redes sociais que nos prendem com as suas raízes (grampiformes), às quais nos agarramos de livre vontade mas das quais não nos conseguimos ( nem queremos, por vezes)libertar facilmente...
Mas, voltando à hera: esta pode ser usada para fins terapeuticos, permitindo tratar, entre outros,ferimentos, queimaduras, problemas respiratórios, hipertensão arterial e nevralgias. Também apresenta propriedades analgésicas, calmantes, cicatrizantes, estimulantes, hidratantes,... Contudo, é uma planta tóxica que não deve ser utilizada sem acompanhamento ou indicação médica.
Assim são as redes sociais: têm propriedades terapeuticas, mas também podem intoxicar-nos se nãm fizermos delas um uso regrado e controlado...

Cabe-nos então a nós usá-las da melhor forma possível, sem nos deixarmos envolver pelas suas raízes grampiformes, pois estas podem transformar-se depressa em raízes estrangulantes (aquelas que abraçam outro vegetal, e muitas vezes o seu hospedeiro morre por falta de seiva) ou sugadoras (as plantas que possuem esse tipo de raiz são considerados parasitas homeopatas, pois vivem à custa da outra planta).

E por hoje, é só.

@té breve...